domingo, 30 de abril de 2017

Qual sua emoticon de hoje?


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Tenho refletido muito. 
Tenho me perguntado muito, são tempos estranhos. Há algo desencaixado, não? 
Tenho me angustiado com questões filosóficas e pessoais. Transcendentais. 
Tenho me perguntado em que posso melhorar, o que posso realizar para me integrar, o que desejo verdadeiramente, e, finalmente, onde me posiciono hoje perante a minha vida: qual seria o status da minha vida? Se fosse um emoticon, qual deles seria?
O fato é que a definição, em si, não existe. Não há um estado de espírito cem por cento: feliz, triste, ansioso, calmo, abençoado, agradecido, animado, solitário, etc, como aqueles do facebook. Posso me sentir feliz em um momento, e completamente solitária, em outro. Posso estar no fundo do poço, mas ainda sentir-me grata. Ou estar momentaneamente animada, sem ter abandonado a tristeza por completo. Quem nunca se sentiu com raiva, ainda que sua alma fosse pacífica? 
Uma coleção de emoções, é isso que somos: criaturas com diversidade de sentimentos que criam suas filhas, as emoções. Criaturas errantes dentro de nós mesmos, somos totalmente "metamorfose ambulante", com certeza e muito bem dito por Raul Seixas. 
Somo um arco-íris de emoções. Tantas nuances, tantos tons e cores: fortes, suaves, impactantes, que acalmam, que transmitem energia, que provocam uma sensação de paz. Porém, é muito mais complexo, somos também um coquetel de misturas de origens antagônicas, similares, que se estranham e que se complementam. O resultado de nossas infâncias, com nossas maturidades, juntamente com todas as influências que recebemos. Estímulos e desestímulos. amores e desamores, desastres e vitórias, palavras e pensamentos. Ensaios de atitudes e atitudes tomadas que concretizaram fatos e acontecimentos (para o bom ou para o ruim).
Penso que naquele dia memorável em que respondo não a uma determinada pergunta, determinei uma parte de minha vida. Me lembro da maneira como fui tratada por certa pessoa, uma vez, que selou nossa amizade. Investigo, dentro de mim, os dias que me moldaram, qual a razão de certas tendências, o porquê de gostar e desgostar. De gostar do que pode não ser bom para mim e de desgostar do que pode ser muito útil e libertador. 
São tempos estranhos. Não encontro minhas definições, o tempo corre com a velocidade da luz enquanto fico parada, um eco de ontem e uma minuta de amanhã. 
Não entendo o que acontece no mundo hoje, desprezo essa ganância, essa mania de querer ser mais das pessoas em geral, a suposta perfeição de suas vidas. O vazio habita as redes sociais e os corações... não sinto espiritualidade nem amor, não sinto ressonância nem entendimento na contemporaneidade. 
Então, onde fico no meio disso? Qual emoticon me definiria agora? Qual seria mais fiel ao que sinto, nesse exato momento?
Não sei, preciso descobrir. 
Qual seria o seu? Quem sabe, uma carinha feliz? 
Mas se não for, sem problema, uma vez que não há um emoticon para o estado de espírito "indefinido" ou, simplesmente, "em descoberta". 
Acredito que "estranho" também não seja um dos perfis mais exibidos nas redes sociais, porém, é assim que nos sentimos, ocasionalmente, durante os caminhos percorridos, nessa longa estrada de sentimentos e emoções mescladas, em profusão. Nesse arco-íris metamórfico ambulante. Status: um estranho sentimental. 

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