domingo, 26 de fevereiro de 2012

“De fibra eu sou”

Existe quem não tenha,
Que se enverga ao vento indomável,
Que não pensa,
Tampouco vive,
Não tem o que sonhar,
Não ama o que há para amar,
Nunca perde, por não ganhar.

Seu ser todo em partes maleáveis
Em conjunto, faz-se desejos
Projeções de uma mente errádica
Nunca pára,
Absorve, transforma, exala,
Nunca se enverga ao vento,
Porque tem a fibra
Do movimento.

Tem quem a tenha
Aqueles que encaram a vida
Com a força de mil cavalos,
A audácia do apaixonado,
A loucura da razão,
A firmeza da vontade.

Fibra,
Suprema iniquidade
Contra os fracos, opacos, indecisos,
O milagre que leva à frente,
Que carrega a gente,
Em inúmeros passos errantes,
Acima de tudo, convictos.

Palavra curta, forte e densa,
Três decididas consoantes,
duas vogais impetuosas
juntas, misturadas e trituradas
gramática de essência pura,
resultam em um som imponente,
crepitante, de dentro para fora,
de fora para sempre.

Que venha o vento,
que a vida siga,
que o acontecer seja,
que tudo o mais possua
o seu âmago enlouquecedor

Não irei me envergar,
vou me rebelar ao que não for,
vou ser eu,
fibra no peito,
inteiro no todo,
alma impermeável,
todo-poderoso.

Leia até o final, não é balela de autoajuda. É autopreservação

Você merece mais uma chance. Você precisa de mais de um amigo de verdade. Você não precisa de mais aborrecimentos do que já tem. Você...