sábado, 27 de julho de 2013

Mulheres Maduras, Mulheres de Verdade

O que é uma mulher de verdade? Muito se fala sobre isso... levanta-se com exagero a bandeira das "Mulheres de verdade". 
Mulher de verdade é o estereótipo da mulher guerreira, da mulher que trabalha e se empenha arduamente, é aquela que educa os filhos com dignidade e luta? Sim, com certeza é.
Mas também é mulher de verdade aquela anônima, que trava batalhas íntimas, que não sabe muito o que quer, que sofre nas mãos de outros, que não tem filhos, e que não diz nada do que sentem. 
Sou mulher de verdade, você é mulher de verdade. De quebra, somos maduras, o que nos distinguem daquelas que ainda não tem a nossa bagagem. E também são de verdade! Com todos os seus equívocos, toda a sua teimosia impetuosa, a sua falta de experiência nas escolhas que ocasionam "tombos" memoráveis. São de verdade os seus argumentos juvenis (juvenis não de idade, mas de espírito, pois tem mulheres de 40 que ainda não amadureceram, concordam?) e a gama de seus desejos intrépidos. 
O conceito de "Mulher de verdade" nos remete a mulheres em terninhos, donas de empresas, altas executivas, que construíram impérios.
Remete a colegas de gênio indomável, de personalidade inflamada, que colocam sob as suas asas toda uma família, um casamento, uma empresa. Aquela que faz de tudo e ainda consegue ser feliz. Com rugas e pneuzinhos.... 
Por outro lado, existem aquelas que ficam sob a proteção das asas de outrem, que nunca construíram nada, a não ser a si próprias, que não brigam aos quatro cantos pelos seus direitos... porém os têm em cada fibra de seus ser. A delicada, a introspectiva, a que cala e consente, a sensível, que faz de tudo para não brigar, que prefere ser submetida a fazer o outro se submeter. 
Ainda temos as que são invisíveis, que carregam litros de água na cabeça no meio do mato, as que não tem o que comer para dar aos filhos, as que se prostituem por sobrevivência. As doentes terminais, as que sobreviveram ao câncer, as que traíram o marido, as que te ofenderam ou ofenderam outros. 
Estas seriam "mulheres de mentira"? De forma nenhuma. Elas são de verdade. Elas carregam a sua verdade. Até mesmo as que mentem, são de verdade. As manipuladores, as arrogantes, as falsas. Elas vivem "de verdade". 
O que faz uma mulher de verdade é ser quem ela é, em seu sentido mais amplo, na sua essência e de forma honesta, consigo e com os outros. Ah, sim, as "bad girls" terão o tempo de colher pela sua desonestidade ou pelas mentiras contadas, além das falsidades armadas. Com certeza. E elas passarão a ser, então, maduras. De qualquer forma, para elas, seus argumentos são válidos, verdadeiros, mesmo que não sejam dignos, permitidos ou admiráveis. 
Mulher de verdade é aquela que olha nos seus olhos e te fala com o seu ser inteiro, que te apóia, mesmo estando magoada com o mundo, que tem seus defeitos e os assume, que diz sim e não, que tem medo e te pede colo. 
É a sua mãe, é a sua filha, sua irmã, amiga, colega de trabalho, chefe, avó, tia, prima, sogra, cunhada... A vizinha, a conhecida do prédio, a gerente de seu banco. 
É você, com todas as suas verdades e mentiras. E quem disse que mentira não é de verdade? 
E viva a diversidade das mulheres!

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