sábado, 13 de outubro de 2012

Criança interior

No dia das crianças, vamos alimentar nossa criança interior. Vamos ouvir o que ela tem a dizer.
Está com saudades do colo da mãe? Ou talvez daquele brinquedo que tanto lhe deixava contente, trazendo lindas memórias para os dias atuais? 
Deixe-me ver... Está com saudades da acolhida gostosa de sua avó, e do sorriso caloroso de seu avô? Das pequenas brincadeiras no quintal (ou na rua), com o coração livre e as risadas enchendo o espaço? Pique-esconde, pega-pega, passa-anel, ou qualquer outra que tenha sido um pedacinho da sua infância? 
Vou adivinhar.... Sente saudades dos programas e desenhos da época? Também daquela sensação boa de sessão da tarde, ou de tomar café da tarde, com a sua família, sem compromissos, a não ser fazer lição?
Do carinho dos mais velhos, lhe mimando, agradando, ou até mesmo, bronqueando? 
Senta falta dos sonhos ainda novinhos, simples e fáceis de serem alcançados, como a boneca ou o carrinho da moda? 
Acertei em cheio, não é? 
Mas, hoje, nossas crianças são maiores. Mais famintas, mais exigentes, mais... adultas. Elas querem muito mais do que as coisas simples, belas e bucólicas da infância. Elas querem o carro do ano, a roupa de grife, o homem ou a mulher mais bonita de todos que já viu, sua Barbie ou seu Ken, na versão que mais gosta.
Os problemas das crianças em nós é que desejam perfeição. Que, na verdade, torna-se escravidão. Escravizamos a nós mesmos para atender a esta suposta criança interior. 
No entanto, tudo se mescla, se confunde, elas e nós.... não distinguimos se são os nossos desejos, ou se são os dela. Ou se são os desejos que imaginamos que elas tenham. 
Então, vamos parar e ouvir o que, de fato, pode fazer esta criança feliz. Talvez ela queira rir como naquelas tardes, sentir-se livre dos compromissos, pelo menos por um tempo, e talvez ainda queira o colo da mãe, e todo os bônus de ser criança; com uma perspectiva clara, descomplicada, prática, e com um olhar infantil e amoroso para o mundo. 
Escute, de verdade, e com o coração aberto, o que a sua criança interior lhe murmura. Trate bem dela, para que você também possa se amar. Incorpore-a em seu dia-a-dia, tornando a brincadeira algo gostoso e rotineiro, para que seu espírito possa, finalmente, ser uma criança feliz e satisfeita. 
Afinal, no Dia das Crianças, doces e agrados são o melhor que você pode dar ao seu espírito, comemorando a criança interior saudável e pura que existe nele; que existe em todos nós. 




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